sábado, 29 de outubro de 2011

A amizade e a vida...


La Vie (Pablo Picasso): obscura alegoria da morte do amigo Casagemas

Eu estava lendo uns relatos sobre "loucura" (psicopatologia - acho que é esse o nome que se "deve" usar...) e, eu, que nunca pensei em minha vida estudar nada próximo à psicanálise ou à psiquiatria ou... (ih, acho que estou mentindo... sempre me interessei por filosofia que, pode-se dizer, tem um pezinho aí, nesses saberes), desde criança acho interessantes tais relatos... Uma de minhas irmãs mais velhas tinha a biografia de Freud em dois volumes, livros que falavam do pensamento de Carl Jung (e de filósofos - publicados na primeira edição da coleção Os Pensadores). Minha mãe colecionava umas revistas "médicas" em que a última página de cada fascículo era para os casos de psicopatologias (todos em forma de relatos... eu os achava curiosos porque não conseguia ver muito bem onde estava o limite que separava a "doença mental" da "saúde mental"; crianças vivem no limite e tudo lhes parece natural ou quase... com o tempo, compreendi que "doença mental" é o que faz a pessoa sofrer, seja enquanto indivíduo, seja enquanto membro(s) de uma sociedade, a qual acaba(m) por "causar problemas" - nestes séculos "doentios"... - , mesmo quando não possuem consciência de seus "males").

A diferença da "loucura" para a "normalidade" é como a diferença do "remédio" para o "veneno": a dose! A psicanálise costuma achar que depois de umas sessões de reflexão sobre o que se passa (e se passou...), o indivíduo será capaz de (auto)realizar a dosagem certa! A psiquiatria - conforme o caso - acredita inserir no indivíduo a dosagem certa - o remédio (ou o veneno?)!

Enfim, parei um pouco de ler os tais relatos e vim (viciosamente) xeretar minhas redes sociais (portanto, exercer uma de minhas "insanidades" - que só não é totalmente tida como tal porque milhares, milhões, sei lá quantos, indivíduos no mundo inteiro fazem o mesmo - e os patrocinadores dos sites de relacionamentos não deixariam seus "seguidores" sentirem-se "anormais" pela "preferência" - leia-se "obsessão")! Numa destas redes, no Facebook, alguém postou um vídeo do YouTube com palavras de Oscar Wilde sobre a amizade. Eu já tinha assistido a diversas versões de vídeos desta poesia no YouTube, mas esta eu achei interessante pela interpretação, na voz de Juca de Oliveira, e pela bela (e famosa) imagem do escritor. E como em minha postagem anterior eu falei de amor e amizade... E a "loucura" com isso? Nada, apenas coincidência, já que a palavra "loucura" na poesia é... apenas poesia...

Loucos e Santos (Oscar Wilde )


Poema de Oscar Wilde na voz de Juca de Oliveira.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

FILÓSOFOS NÃO SÃO SÁBIOS! O AMOR AO AMOR DA SABEDORIA...



Eu, com tanta coisa escrita e perdida em meus HDs, e outras tantas na "vontade de escrever", perdidas em minha mente, em minha memória... decido postar neste blog, depois de um século sem fazê-lo, um tolo comentário meu a minha própria postagem no Facebook! Enfim...

Noutro dia, no Twitter, recebi várias indicações de vídeos de filosofia e de filósofos. Aqueles tipos de vídeos e programas televisivos para "popularizar" a filosofia. Eu gosto! rs Escolhi alguns para postar aqui (da série: FILOSOFIA - Um Guia para a Felicidade, com Alain de Botton), mas vou comentar somente um deles - na verdade, copiar/reproduzir o comentário que eu fiz quando (re)postei o vídeo no Facebook - apenas para "me divertir" um pouco... "distrair-me", como diria Blaise Pascal...

(*) NOTA: Apaguei do comentário as "risadinhas virtuais" (embora eu simpatize bastante com elas... com as risadinhas virtuais... uma vez, escrevi sobre... mas sabe Deus em que canto de meus HDs se encontram!), deixei, no entanto, a "piscadela de olho" gráfica, tem um certo ar nietzschiano...


Montaigne e a Autoestima




Para encurtar, pulei a Parte 2... caso queiram, assistam no YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=AjH4CcuCVdU&feature=related



(*) Bem... bem... bem... o cara do filme fala como se os filósofos fossem de fato "sábios"! Os filósofos não são sábios (e muitos, nem felizes)! Que eu saiba, eles são os "amantes da sabedoria" - não é esse o sentido da palavra filósofo (já que filosofia significa "amor a sabedoria")? Os amantes "platônicos" da sabedoria... Por isso estão sempre tentando, tentando, tentando... E a tal sabedoria nem se dá conta! Eu, então, que amo a filosofia e seus filósofos, portanto, amo o amor à sabedoria, sou amante dos amantes da sabedoria... Céus! Céus! Céus! Na história da Filosofia, não encontramos filósofos que - "de fato" - "soubessem viver". Cada um, ao seu modo (e com diferentes intensidades), tem lá seus "desajustes" (subjetivos-sociais-etc.), afinal, não é nada tranquila uma vida de permanentes e sucessivos "espantos" (que é outra definição para o filosofar!)! Nada muito novo, filósofos são apenas um tipo de desajustado num mundo de total "desajustados" ["decaídos", na religiosa linguagem pascaliana], como é o mundo dos humanos... ;)


E ainda tem estes outros vídeos...
(convencem muito, não, mas nos "distraem"...)


Schopenhauer e o Amor